domingo, 18 de janeiro de 2009

Hoje o Vida de Plástico faz um ano...



Andei pensando no que escrever na primeira postagem do ano e algumas idéias apareceram. Poderia fazer uma retrospectiva das melhores postagem de 2008, inventar algum quadro novo, uma piada, algma foto maluca ou bizarra e inventar alguma história sobre ela... Mas sempre que eu venho aqui eu so consigo pensar numa coisa. Há varios dias eu tento escrever alguma coisa e não consigo... vamos ver no que da agora.

Em outubro do ano passado uns canais da tv a cabo estavam liberados aqui em casa e eu me lembro que vi o Resgate do Soldado Ryan umas 3 vezes. Meu irmão e eu adoramos esse filme, mas a minha mãe vive falando que odeia esse tipo de filme onde tem guerr, violência e todas essas coisas. Nesse mesmo mês eu comprei A Lista de Schindler e acabei vendo umas 2 vezes e ela disse a mesma coisa. Ela nem olha pra tv quando estou vendo isso aqui em casa. E eu aposto que muita gente reage da mesma forma quando se trata de filmes de guerra.
Na última semana do ano eu fui me encontrar com dois amigos que estudaram comigo na faculdade e um deles disse “Vocês viram o filme novo do Rambo? Falaram que tá violento pra caralho, hein!” e o outro disse “Porra, tá violento demais! Muito,cara... totalmente desnecessário.” e eu disse “Mas, cara... Aquilo ali acontece. E acontece pior!” e ele respondeu “Tá, eu sei, mas po... precisava botar aquilo no filme?”
A gente estava falando de uma cena em que soldados invadem uma pequena vila, botam fogo no lugar todo e saem matando todos por lá. Crianças, homens e mulheres. Todos. E mostram um soldado que arranca uma criança do colo da mãe antes de matá-la e joga a criança dentro de uma casa pegando fogo.
É violento? Muito!
É legal de se ver? Não.
Acontece de verdade por aí? Acontece. ...e acontece pior.

Eu acho que certas coisas devem ser mostradas para todas as pessoas assim que elas tiverem idade pra entender o que estão vendo.
Não para que se divirtam vendo um filme ou que se choquem vendo o noticiário, mas para que vejam os erros que as pessoas cometem pelo mundo e que não se repitam. Ensinar as novas gerações que isso é errado, nojento, repulsivo e um descasocom a vida dos nossos semelhantes. Somos todos iguais, estamos no mesmo planetae temos que aprender que as diferenças existem para que nos tornemos mais fortes tanto intelectual como culturalmente e não para que nos isolemos em grupos e fiquemos tentando impor nossas ideias para que todos sejam iguais a nós.
Todos os dias milhares e milhares de pessoas acordam com uma ideia na cabeça: de que as únicas verdades são aquelas nas quais elas acreditam.
Todos os dias eu ligo a tv e vejo crianças serem mortas e feridas sem nem saber a razão. Crianças chorando e gritando e que você não precisa falar árabe para entender que estão chamando pela mãe.
Parece que ontem um cessar-fogo lá em Gaza começará. Enquanto levavámos nossas vidas aqui e dizíamos “nossa, como o tempo passou rápido desde o natal!” pessoas estavam sendo bombardeadas, mortas e entrando em pânico cada vez que ouviam o barulho de um míssil cruzando o céu pois não sabiam se esse iria atingi-las. Pessoas estão sofrendo.


O negócio é que não imporata se é um filme ou notícias sobre uma guerra, as pessoas simplesmente viram a cara. Já que não podem fazer nada a respeito preferem olhar pro lado e fingir que não está acontecendo. Mas está e todos devem olhar pois somos nós humanos pondo em prática toda a nossa maldade contra nossa própria espécie mostrando toda a nossa ignorância. Somos nós repetindo o que a história nos ensina que aconteceu e mesmo assim deixamos que se repita. Em vários lugares do mundo pessoas vão para as ruas e protestam contra esse massacre covarde que Israel vem fazendo contra inocentes com a desculpa que está destruindo possiveis alvos terroristas. Mas são poucas pessoas nas ruas protestando. Cade o resto do mundo? Estão em casa assistindo comédias e outros lixos como Big Brother ou algum jogo estúpido porque nos outros canais só passam notícias sobre uma guerra.
Hoje o blog faz um ano e eu não sindo a mínima vontade de comemorar postando alguma coisa engraçada como é de costume aqui. Talvez essa história toda de guerra tenha me afetado mais do que eu achava e eu não pretendo fazer desse site mais um artifício pras pessoas se distraírem e deixarem pra lá o que está acontecendo por aí. Eu não consigo!

A vida é difícil não só por causa dos problemas do cotidiano, da complexidade da concepção da vida desde a fecundação, mas por algo maior do que isso. Todos os dias temos milagres acontecendo que permitem que todos nós tenhamos mais um diade vida. O sol nasce e não tem nenhuma explosão em sua superfície que acabaria com o nosso estilo de vida baseado em toda essa tecnologia. Nenhum mega vulcão entra em erupção em alguma parte do mundo para cobrir a nossa atmosfera com poeira e matar a todos mesmo estando lá so esperando para explodirem. Nenhum deslizamento de terra acontece no solo abaixo dos oceanos para provocar um tsunami q varreria nossas lindas praias e nossas cidades. Mesmo contra todas as probabilidades, nenhum asteróide vem de encontro com a Terra para acabar com a vida como conhecemos. Milagres. Será que ninguém percebe? Quem está vivo tem sorte e deve aproveitar esse presente ao máximo pois ninguém sabe a hora que vai morrer. E mesmo assim algumas pessoas são privadas desse direito no meio de suas vidas ou bem antes de entenderem que são gente por causa da ganância e ignorância de outras.

Os homens de terno que nunca chegaram perto de um campo de batalha e que não fazem idéia do horror que é ter a família e os amigos mortos por bombardeios ou tiros autorizam esses ataques tratando as vítimas como números aceitáveis ou usando uma palavra bonita que está na moda: casualidades.
Uma das crianças mortas poderia ser a pessoa que viria a descobrir a cura pra alguma doença que nos aflinge ouuma que ainda aflingirá. Poderia ser a pessoa que inventaria algo que mudaria totalmente o nosso jeito de ver as coisas ou nosso estilo de vida. Ou aquela que faria todos enchergarem o mundo de uma maneira diferente. Aquela que levaria uma piscina para a casa dos netos em um dia quente de verão e diria com um sorrisão no rosto “vocês não vao me ajudar a montar isso nao?” como o meu avô fez uma vez. Em todos os casos podem ter matado um herói.
O mundo pode ser um lugar perfeito para todos. Os meios já são conhecido por muitos e não vou me extender aqui falando sobre isso, mas estão todos em nossas mãos. Às vezes queria que todos vissem o mundo como eu, mas isso cairía no que eu já disse lá em cima de tentar impor as coisas aos outros. Então........


Eu não estou sendo ingênuo, utopico ou alguma coisa do tipo... Eu enchergo perfeitamente o abismo que existe entre como o mundo é e como ele poderia ser. Só acho que todos nós devemos pensar que temos a capacidade de construir pontes até o outro lado.

2 comentários:

Anônimo disse...

Não tenho muito o que dizer. Afinal você disse tudo, mas queria dizer que apoio o teu modo de pensar. O mundo seria melhor, nem que fosse um pouco, se existissem mais pessoas que dessem valor a existência humana e não fossem tão egoístas.
De qualquer forma, mesmo com o mundo sendo como é, parabéns pelo blog. Nem parece que já faz um ano.

Rafael Araujo disse...

.

Valeu pelo apoio aí, Clara! o/ beijão pruce...


E valeu pelos votos aí, cambada!o/

.